CASA DOS AMORIM - BROOKLIN
muito além da arquitetura
Sobre o Projeto

E se não fosse assim, assim seria… colorido e vivo, bonito de se ver, meio Minas, meio São Paulo, ô mistura boa, sô!

Essa é a casa de meus pais, cheia de histórias, de sabores, de lembranças.  “A tapeçaria da parede comecei na sua gravidez e terminei na gravidez da sua irmã ” diz minha mãe toda orgulhosa!

E o quadrinho que está ao lado foi feito por ela também.
“Esse abajur eu trouxe de Foz de Iguaçu, quando moramos lá, achei lindo” conta ela.

As cadeiras e móveis antigos da sala pertenciam à família do meu pai.
“Sabia que o bisavô do seu pai era barão? Chique né?”

E assim vai prosa atrás de prosa, acompanhado de um “bolin”, um “chazin” e muito carinho.

Casa de mãe e casa de vó, é tudo o que essa reforma quis resgatar, um cantinho calmo e acolhedor dentro do agito de nossa cidade, e da correria de nossa vida.
A alegria na cor e a suavidade nos detalhes, quanto mais tempo se passa lá, mais queremos ficar. E não se iluda, a reforma só enalteceu o que ali existe: um verdadeiro lar.

Fotos do Projeto | LIVING

A casa tem mais de 70 anos e essa é a idade do estuque (tipo de cobertura utilizado antigamente) que existia na sala e no quarto dos meus pais.
Algumas rachaduras no teto anunciavam que tudo poderia vir abaixo de repente.

Para resolver essa situação, decidimos remover todo o estuque e revelar o maravilhoso madeiramento original da casa.

Depois de destelhar a cobertura e verificar toda sua estrutura, instalamos uma manta de subcobertura com dupla face de alumínio, que auxilia bastante no conforto térmico.

Em seguida colocamos os lambris de madeira cumaru e pronto, o pé direito praticamente dobrou e uma deliciosa casa com cara de campo começou a surgir.
Antigo sonho da minha mãe.

Para combinar com toda essa rusticidade que amamos, surgiu a ideia de redecorar o quarto do casal.

Molduras decorativas, tipo boiseries, foram instalados na parede atrás da cama. Trocamos o piso laminado por réguas de madeira cumaru e uma nova marcenaria foi desenhada para o armário. A cômoda antiga foi laqueada e seu tampo recuperado.

A poltrona ali no canto que ninou o primeiro e o segundo neto, ganhou cara nova com a reforma do estofado.

Abaixo da janela abrimos um nicho para expor tudo o que eles mais gostam.

A iluminação intimista foi garantida pela sanca invertida e as arandelas acima das mesinhas de cabeceira.

E o resultado foi um espaço completamente novo, que trouxe todo o aconchego e a personalidade dos moradores.

DECORAÇÃO DO QUARTO
JARDIM & FACHADA

No jardim da vovó “Gigi Lene” tem de tudo: Chá que cura dor de barriga, dor se cabeça e dor do coração.
Tem tempero que dá sabor à comida e à vida, tem um ipê amarelo em construção.
E tem brotinho mostrando que tudo o que nutrimos com amor, floresce.

Era um pedaço de terra em frente a casa, sem vida, sem atrativos. Local onde o olhar passava, mas não ficava.
E de repente tudo mudou…

Um banco em alvenaria em volta do jardim foi construído e revestido com um porcelanato amadeirado, para dar espaço àquelas conversas no final da tarde.
Surgiram também os canteiros para abrigar os temperos e chás. E no centro um pouco de tudo: tem roseira, tem ramo, tem gengibre, tem dinheiro em penca e tem um ipê amarelo que cresce e já nos encantou com sua primeira flor.
E foi assim que ressignificamos o jardim: um lugar de descanso, de brincadeiras, de convívio, de espera. Um lugar no tempo.

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